São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Brasileira tem massa óssea menor que americana

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma pesquisa recente realizada pela Escola Paulista de Medicina (EPM) revelou que a massa óssea das mulheres brasileiras é 8% menor do que a das americanas.
O trabalho investigou 500 mulheres brancas do Estado de São Paulo na faixa dos 20 aos 80 anos. Todas elas eram saudáveis e tiveram sua coluna e seu fêmur avaliados através do método de densitometria óssea.
Os resultados foram comparados com o padrão das mulheres americanas. As maiores diferenças de densidade óssea foram observadas acima dos 45 anos.
Vera Lúcia Szejnfeld, assistente doutora da disciplina de reumatologia da EPM-Unifesp, diz que o estudo deveria ser replicado em todas as regiões do país, para que um resultado mais representativo pudesse ser alcançado.
Segundo Vera, o fato de o osso da brasileira ser menos denso do que o da americana não implica necessariamente em uma maior predisposição para a osteoporose e para as fraturas.
Outro fator que influi na predisposição para as fraturas é a qualidade do osso da mulher.
Nenhum aparelho no Brasil consegue ainda avaliar essa qualidade. Uma fratura anterior após mínimos esforços (carregar um bebê) serve como um indicativo indireto da má qualidade dos ossos.
A EPM está importando um aparelho inovador de ultra-som que pode avaliar, ao mesmo tempo, a quantidade de osso (densidade) e a qualidade desse tecido.
Uma outra pesquisa desenvolvida na EPM comparou a densidade óssea de 300 crianças normais (na faixa dos 6 aos 14 anos) com a densidade de 300 crianças desnutridas -com peso ou estatura abaixo do esperado para sua idade.
O resultado revelou que a densidade dos ossos das crianças desnutridas está 10% abaixo da densidade dos das crianças normais.
(JB)

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