São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995 |
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Macunaíma alegoriza o Brasil
PEDRO ALEXANDRE SANCHES Era inevitável que o Brasil, após a explosão do Tropicalismo de Gil e Caetano, se voltasse para o mítico Macunaíma, herói sem nenhum caráter do modernista Mário de Andrade. Quem o fez foi Joaquim Pedro de Andrade, já em época de refluxo tanto do Tropicalismo como do Cinema Novo. Ainda que sua alegoria deturpe em certa medida a obra original (com a inclusão, por exemplo, de uma guerrilheira urbana, típico vício de filme cinemanovista tardio), há Grande Otelo, que entende perfeitamente o espírito do anti-herói malandro e forja uma das grandes interpretações da história do cinema nacional.MACUNAÍMA Brasil, 1969, 108 min. Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Com Grande Otelo, Paulo José, Dina Sfat, Jardel Filho, Milton Gonçalves, Rodolfo Arena. Na Cultura. Texto Anterior: Olhar infantil Próximo Texto: "Manchete trocou gato por monstro"; "Globo prometeu filmes e não exibiu" Índice |
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