São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Supercarros são atração à parte

GRACILIANO TONI
DO ENVIADO ESPECIAL

Apesar das dificuldades de última hora, como vôos para Frankfurt e hotéis lotados, quem tem dinheiro e tempo para ir à Alemanha não deve perder a oportunidade.
Dá para ficar dias passeando pelo salão. Além dos carros que virão para o Brasil -todos os citados no texto acima e ainda muitos que tiveram apenas pequenas modificações na linha 96-, há centenas de estandes com acessórios.
Além de mostrar as novidades brasileiras e mundiais -poucas este ano-, o Salão de Frankfurt serve para manter acesa a paixão dos aficionados por supercarros.
Ao lado da Ferrari F-50 (não tem rival no mundo em excelência mecânica e de design) e dos Porsche Biturbo, Frankfurt teve a exposição de carros conceituais, como o Audi TT, nova maravilha de alumínio da marca alemã.
Nesse campo, os japoneses capricharam mais uma vez. É o caso da Mitsubishi, que levou para o salão um protótipo capaz de superar a maioria dos esportivos no asfalto e, de quebra, humilhar muito jipe na terra.
A VW levou sua van (modelo de grande porte, tipo furgão) futurista Hiob, para altas velocidades com o máximo conforto.
Brasileiros interessados em carros têm no salão ainda a oportunidade de sentir o abismo entre a indústria do país e a dos europeus.
Exemplo disso é o Omega alemão, muito mais bonito e eficiente que o nosso.
Outro caso típico é do Bravo e da Brava, sensivelmente superiores ao Tempra e ao Tipo, também da Fiat.
A versão mais luxuosa do Vectra tem motor de seis cilindros em V -vibra menos que o de quatro cilindros em linha, usado no Brasil- de 2.500 centímetros cúbicos (cc) e 170 cavalos-vapor (cv).
O motor de 2.000 cc do Vectra CD brasileiro tem 120 cv, com desempenho inferior.
O CD germânico custa o equivalente a R$ 35 mil, quase empatando com o preço do nosso carro.
Prova da superioridade numérica dos europeus é o tamanho do salão. São 190 mil m2, cinco vezes mais que a área ocupada pelo Salão do Automóvel de São Paulo, o maior brasileiro.
Há também muito show em Frankfurt. Peugeot e Renault, por exemplo, têm como fundo musical em seus estandes o som de seus motores de F-1 acelerados ao máximo.
(GT)

Texto Anterior: Frankfurt antecipa novidades para o Brasil
Próximo Texto: Preço de carro médio se mantém baixo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.