São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995 |
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Confira se é o Santos ou se é o Real Madrid
MATINAS SUZUKI JR.
Se é imperdível para quem viu os dois, imagine para quem não os conhece. Obrigatório. Fundamental. Necessário. O amigo desta coluna Marco Aurélio Klein decreta: Santos e Madrid estão fora de qualquer concurso. São mitos, isentos de qualquer julgamento dos mortais. Resta, para ele, o maravilhoso Milan dos 80, descendente da escola de pintura futebolística holandesa. Meninos, esse eu vi. E vi o Milan jogar no melhor do melhor, com o Van Basten em plena forma. Não vi nem o Real, nem o Santos pré-64. Quando propus a questão, levei em consideração o seguinte: o melhor do Santos e o melhor do Madrid são contemporâneos em algumas temporadas, o que forneceria certa base de comparação. Que os dois sejam times que se vestem de branco, é imaculada coincidência. Que o Almir, ex-Santos, aliás, possa dar algum alento ao ataque do São Paulo, é uma esperança justa. O Palmeiras, que tem grande torcida na Bahia, minha nega, pega o Vitória, da Daniela Mercury e de muito garoto argentino. Uma vitória verde será, para o resto do Grupo A, o bye, bye, berimbau. Começa a Primavera. Que ela floresça também nos campos (de bola) do Senhor. Primavera me lembra o Tim Maia, de outroras primaveras, com ele rolando na "picape" e, nas tardes de domingo, o ouvido coladinho no Fiore Gigliotti -o nosso locutor poeta. O Tim está de Maia vestido de juiz de futebol. Bate um bolão cantando o jingle da cerveja, versão futebol. Por falar em jingle e por falar em bolão, a voz do Melodia (é dele mesmo?) na trilha da Pênalty, é gol. Golaço. E já que estou no assunto -e um pouco atrasado-, alô, alô, pessoal da Band, adorei o rap com o Marcelinho, o Edmundo e o André. É assim que a gente aprendeu a brincadeira: fazendo música, batendo bola, não é, Gílson Ribeiro? Desde a dupla Pelé e Coutinho a cidade não via uma tabelinha como a que Shirley Horn e Marva Wright estão realizando na grande área do Bourbon Street. Felicidade é a feliz cidade que conta, no mesmo dia, com o Rei Charles, o vascaíno Paulinho da Viola e Gal Costa. Le-Gal. Le-gol. Você sabia que o maravilhoso bailarino de flamenco Antonio Gades, que está por aqui, tentou a vida como toureiro e jogador de futebol? O fut tem tudo a ver com a dança, também é um balé, um baile. Ou, como diz Caetano, todo corpo em movimento está cheio de inferno e céu. Olé. Texto Anterior: Time considera empate bom Próximo Texto: Inês morreu Índice |
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