São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Folha renova mandato de ombudsman até 96

Marcelo Leite aceita convite para segundo ano no cargo

DA REDAÇÃO

O jornalista Marcelo Leite, 38, começa quinta-feira seu segundo mandato como ombudsman da Folha, tendo como metas diminuir o tempo de resposta aos questionamentos levantados pelos leitores e concentrar esforços na cobrança de melhoria da qualidade de apuração e texto do jornal.
Marcelo Leite é o quarto ombudsman do jornal e o terceiro a ser reconduzido ao cargo. O mandato de ombudsman é de um ano, com possibilidade de uma única prorrogação por igual período, desde que haja concordância do jornal e do próprio ocupante.
"A praxe tem sido renovar o primeiro mandato para um segundo período de um ano. Estou muito satisfeito de estar novamente seguindo essa praxe", afirma o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho.
A primeira meta -redução do tempo de resposta aos leitores- pode ser cumprida, na avaliação de Leite, com o "azeitamento" das relações com a Redação. O questionamento levantado por um leitor é enviado à Secretaria de Redação do jornal, que o repassa à editoria responsável para esclarecimento ou correção.
"A demora nas respostas ao leitor é preocupante. São exceções aquelas que cumprem o prazo ideal de dois dias úteis. A média é de até uma semana", diz Leite.
O ombudsman realizou, de 27 de setembro de 94 a 12 de setembro de 95, 8.247 atendimentos. A média de atendimento diário foi de 35,9 no seu primeiro mandato.
Marcelo Leite afirma que o problema central de seu primeiro mandato foram falhas ligadas aos fascículos encartados no jornal, da distribuição à encadernação. Calcula que 30% dos leitores que procuraram o ombudsman tinham queixas relativas a esse tema.
A segunda meta de Leite -melhoria da qualidade de apuração e texto- é uma necessidade não só da Folha, mas dos jornais em geral, conforme acredita.
O jornal precisa de textos mais "inteligentes", na opinião do ombudsman. "Pode parecer muito vago, mas é o termo que melhor resume a necessidade de textos que tenham profundidade, estilo, inventividade, melhor articulação de idéias, precisão e clareza."
O diretor de Redação da Folha chancela a análise do ombudsman. "Em termos gerais, estou plenamente de acordo", diz Frias Filho.
O ombudsman atende telefonemas e responde cartas dos leitores que o procuram, redige uma crítica diária de circulação interna e uma coluna publicada pela Folha todos os domingos. O cargo foi criado em 1989.
"Esses seis anos foram uma experiência bastante positiva. Conhecemos melhor as falhas que o jornal comete. Neste momento, estamos empenhados em tornar a atividade do ombudsman mais efetiva em termos práticos", diz Frias Filho.

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