São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995 |
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Investidores buscam adaptação
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
"A nova estrutura prejudicou mais o pequeno. Os grandes podem criar alternativas", diz David Gotlib, da Linear Administração de Patrimônio. É possível, por exemplo, montar uma carteira de CDBs ou de títulos públicos, garantindo rentabilidade e liquidez (disponibilidade de recursos). Para Alexandre Zakia, do Banco BBA Creditanstalt, existem duas alternativas para os pequenos (empresas e pessoas). A primeira é multiplicar os dias de "aniversário" das aplicações (abrir várias cadernetas ou aplicar em vários dias diferentes nos novos fundos). O problema é que a liquidez será repartida em vários pedaços. Uma divisão malfeita pode provocar um rombo no orçamento. A segunda, "como quer o governo", é separar o dinheiro a ser gasto ao longo do mês do que pode ficar aplicado por mais tempo. É que, a partir de outubro, "a liquidez vai custar caro", conforme Fábio de Oliveira, do Banco de Boston. "Como os impostos", completa, acrescentando que o peso da tributação desaconselha a troca constante de investimentos. Para ele, o investidor terá de usar três instrumentos (o fundo de curto prazo, o fundo de 30 dias e a caderneta) para obter o que hoje um só produto -commodities- consegue fazer (unir rentabilidade e liquidez). "E o retorno pode ser pior do que foi no passado." Os analistas ouvidos pela Folha aconselham parcimônia no gasto dos recursos que, na transição, foram aplicados em commodities. "É melhor deixá-los para algum imprevisto", diz Oliveira. (JCO) Texto Anterior: COMO SERÁ A TRANSIÇÃO PARA OS NOVOS FUNDOS Próximo Texto: Renda fixa perde com a mudança Índice |
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