São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995 |
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Ateliê emprega jovens de rua
FREE-LANCE PARA A FOLHA Ana Magalhães, 35, fez seu primeiro curso de cerâmica em 1982, sem nenhuma intenção de ganhar dinheiro. "Eu tinha acabado de ter a minha primeira filha e era mais para passar o tempo", afirma.Depois de um ano, Ana resolveu trabalhar com o segmento de brindes empresariais. Não parou mais. Hoje, além de fazer suas peças, tem um ateliê onde dá cursos de cerâmica e de esmaltação. "Mexer com argila é muito gratificante. Há muito o que explorar, estou sempre criando." Há três meses, ela começou um trabalho voluntário com jovens de rua na Comunidade Missionária São Francisco, em São Paulo. "Dou aulas e mostro que eles são capazes de criar e ganhar dinheiro sem roubar ou pedir." As obras produzidas nas aulas são vendidas. Quem fez a peça fica com metade do preço. A outra metade corresponde ao custo de produção, explica Ana. "No início, pensei que seria mais uma terapia para trabalhar a agressividade dessas pessoas. Mas, em pouco tempo, elas mostraram habilidade técnica para produzir comercialmente." A partir do dia 30, as peças feitas durante as aulas de cerâmica também serão vendidas em uma barraca na praça da República (zona central de São Paulo). Texto Anterior: Cursos são embriões de novas empresas Próximo Texto: Fundo de investimento vai aplicar na média empresa Índice |
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