São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Personalidades falam sobre o Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

No próximo domingo, dia 1º de outubro, todos os leitores e assinantes da Folha estarão recebendo o primeiro fascículo dos "Roteiros Turísticos Fiat/Folha - Brasil".
A coleção será composta de 20 fascículos coloridos de 16 páginas, totalizando 320 páginas. Este é o mais atualizado e ilustrado guia turístico sobre o país já publicado.
Entre as mais completas informações sobre hotéis, festas regionais e locais para passeios ou compras, cada fascículo trará textos e dicas de várias personalidades da vida cultural do país, feitos exclusivamente para a Folha.
Mais de 40 personalidades falam sobre o que mais as encanta no Brasil, como o cantor e compositor Djavan, que escreve um texto sobre a cidade de Maceió: "À noite, mesmo quando a lua se faz nova, as estrelas quase nunca deixam a cidade na escuridão".
Para o escritor e presidente da Academia Brasileira de Letras, Josué Montello, 77, a idéia de contar um pouco de cada região, pelo testemunho pessoal, é uma iniciativa louvável: "Acho que as pessoas precisam conhecer mais o Brasil. O turismo não se faz apenas com acidentes de paisagem, mas também com a história", afirma o escritor.
Montello escreveu para os "Roteiros Turísticos Fiat/Folha - Brasil" um texto sobre a cidade de São Luís, no Maranhão: "A cidade foi para mim objeto de 11 romances. Nada mais natural do que escrever sobre São Luís".
Figuram nos fascículos o compositor Gilberto Gil, o escritor Jorge Amado, a modelo Luiza Brunet, o artista plástico Carybé e o escritor Benedito Ruy Barbosa, entre outros.
Barbosa, que escreve sobre o Pantanal mato-grossense, diz se sentir muito honrado com o convite, lembrando que um trabalho mostrando um pouco mais o Brasil "é uma necessidade".
Outro convidado para dar seu depoimento é o poeta José Paulo Paes, que fala sobre a cidade de Penedo, próxima ao rio São Francisco.
Paes diz que escolheu esse lugar porque ele representa "uma certa imagem de um Brasil que está desaparecendo, que cria uma espécie de nostalgia para aquele que a conhece".

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