São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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FUP rejeita proposta da Petrobrás

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) vai indicar às assembléias da categoria marcadas para amanhã, quinta e sexta-feira a rejeição da nova proposta de acordo coletivo feita pela Petrobrás.
Segundo a entidade, a proposta não altera o índice de reajuste de 29,8%, já rejeitado em assembléias, nem revê a decisão da empresa de retirar a garantia no emprego que vinha sendo assegurada nos últimos cinco acordos.
Na atual versão da sua proposta, a Petrobrás recoloca no acordo cláusulas consideradas "históricas" pelos petroleiros, como a liberação do trabalho para líderes sindicais, assistência médica extensiva aos aposentados e participação nos lucros da empresa.
Mobilização
Apesar de recomendar rejeição à proposta da empresa, a FUP informa que o momento ainda é de negociar, por considerar que a Petrobrás tem margem para ceder, especialmente no percentual de reajuste.
A entidade também não está indicando aos 21 sindicatos da categoria que façam paralisação geral de atividades no próximo dia 29, o "dia nacional de mobilização" promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores, à qual a FUP é ligada).
O indicativo da FUP é de que cada unidade faça a mobilização que estiver ao seu alcance, mas isso não significa necessariamente a interrupção de produção.
Na Petrobrás, os dirigentes buscam difundir a idéia de que não acreditam na hipótese de os petroleiros fazerem uma greve como a de 31 dias ocorrida entre maio e junho deste ano.
Segundo a Folha apurou, a empresa não está aumentando suas compras para fazer estoques para enfrentar uma eventual paralisação.
Apenas acertou com algumas fontes de fornecimento que pode vir a aumentar suas compras se a greve ocorrer efetivamente.
Durante a greve de maio/junho, houve falta de gás natural e racionamento de combustível, em especial em São Paulo e nas cidades do interior do Estado. Foram feitas, à época, importações de emergência de combustíveis.

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