São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995
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Dona-de-casa é assassinada a pauladas

DA REPORTAGEM LOCAL

Crime ocorreu em Cajamar (Grande SP); polícia suspeita que a mulher tenha sido violentada antes de morrer
A dona-de-casa Vera Lúcia Heck, 21, foi morta a pauladas anteontem de madrugada. Vera também pode ter sido violentada pelo assassino. Seu rosto estava desfigurado, e seu corpo, nu.
O principal suspeito do crime é o irmão de criação do marido de Vera, Willian Alves Rodrigues, 31. Ele já esteve internado no hospital psiquiátrico do Juqueri, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), com distúrbios mentais.
O assassinato ocorreu na casa da chácara de Vera Lúcia, na avenida Pedro Celestino Leite Penteado, em Cajamar (Grande São Paulo). Segundo a delegacia da cidade, Rodrigues, que estaria morando na chácara, está foragido desde a manhã de segunda-feira.
O marido de Vera havia viajado na semana passada para Santa Catarina -seu nome não foi revelado pela polícia.
A polícia suspeita que Rodrigues tenha tentado assediar Vera Lúcia, que teria tentado se esconder na suíte da casa. O acusado teria aberto a porta e batido a cabeça de Vera na parede, onde havia marcas de sangue.
Em seguida, suspeita a polícia, ele arrastou Vera até o quarto dela, pois havia rastro de sangue no corredor. No quarto, o acusado teria retirado as roupas da vítima, que foram achadas próximo ao corpo.
Perto de Vera também estava um pau manchado de sangue, com o qual Rodrigues teria golpeado a dona-de-casa.
Na manhã de segunda, o caseiro Washington Lima de Alcântara chegou na chácara e encontrou Rodrigues. Ele tomou café-da-manhã com o caseiro, que havia passado o fim-de-semana fora da propriedade.
O acusado disse, segundo o caseiro, que ia passear e pediu R$ 1,00. Pouco depois, Alcântara, desconfiado, procurou a patroa. Achou o corpo de Vera e chamou a polícia.
Rodrigues deixou Cajamar e teria passado na casa de parentes em São Paulo. Ele teria confessado aos familiares que havia assassinado Vera. Em seguida, desapareceu.
A dona-de-casa foi examinada pelos médicos legistas de Jundiaí (60 km a noroeste de SP) a fim de constatar se houve ou não estupro e se a violência sexual aconteceu quando ela ainda estava viva. O corpo de Vera foi levado por sua família para Santa Catarina, onde seria enterrado.

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