São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996 |
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Raytheon investe em marketing de megaempresa
CLÓVIS ROSSI
O que a Raytheon tem a vender é a imagem de uma megaempresa que só em 1994 realizou vendas no valor total de US$ 12 bilhões -equivalente a oito projetos Sivam, já que este deve custar algo em torno de US$ 1,4 bilhão. Tudo, na propaganda institucional da Raytheon, é superlativo como os valores de suas vendas. Ela é descrita como "uma das maiores organizações de engenharia, construção, operações e manutenção no mundo". Como a empresa que comercializa "alguns dos nomes mais renomados em eletrônicos". Ou como "uma líder mundial em aviação comercial, regional e militar". Com isso, cobre alguns dos aspectos de suas atividades, espalhadas por 20 países, nos quais emprega mais de 60 mil funcionários, sempre de acordo com o folheto de propaganda. No Brasil, a Raytheon anuncia que já está comercializando produtos da linha branca Amana, nas Lojas Arapuã. Por enquanto, são importados, mas há estudos para instalar uma fábrica no Brasil. A Amana inclui praticamente todas as utilidades domésticas, de geladeiras a microondas. São esses produtos que aproximam a Raytheon do público comum, já que, na maior parte dos casos, lida com linhas de alta tecnologia, como os mísseis Patriot, sistema de defesa aéreo usado por Israel durante a Guerra do Golfo. Mas o mais novo filão de mercado no qual a Raytheon está de olho são os sistemas de proteção do meio-ambiente. É também por isso que o Sivam é importante para ela. Bem executado, serviria como uma vitrina mais ampla e ambiciosa do que as geladeiras da Amana exibidas pela Arapuã. Texto Anterior: Governo conta com TCU para salvar Sivam Próximo Texto: Governo conta com TCU para salvar Sivam Índice |
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