São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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FHC cobra aprovação da reforma tributária

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso pediu ontem aos líderes do governo no Congresso que a reforma tributária seja votada até o fim do primeiro semestre.
A reunião com os líderes aconteceu ontem de manhã, no Palácio do Planalto. Segundo relato dos parlamentares que participaram do encontro, FHC afirmou que tem recebido pedidos de empresários para que a reforma tributária não seja esquecida.
Ontem mesmo, o líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), e o vice-líder Benito Gama (PFL-BA) se reuniram com o relator da comissão especial que analisa a emenda de reforma, Mussa Demes (PFL-PI).
FHC quer que a emenda seja votada até junho. O governo considera que a votação ficará prejudicada se a emenda ficar para o segundo semestre, quando se prevê um esvaziamento do Congresso devido às eleições municipais.
"Se deixar para o próximo semestre, vai se perder um ano", disse Benito Gama. A preocupação do governo é que, se não for votado neste ano, a implantação da reforma poderá ficar adiada até 1998, porque o novo modelo só poderá entrar em vigor no ano seguinte à sua aprovação.
FHC decidiu se reunir com as lideranças dos partidos governistas (PSDB, PFL, PTB, PMDB, PPB e PL) amanhã para fazer um mapeamento de sua base de apoio no Congresso. O presidente quer saber com quantos parlamentares pode contar nas votações das propostas do governo que devem ser analisadas durante a convocação extraordinária.
Pela manhã, durante um café no Palácio da Alvorada, FHC reúne os líderes governistas da Câmara e, durante um almoço, recebe os líderes dos partidos que apóiam o governo no Senado.
A reunião servirá para unificar a atuação dos governistas na Câmara e no Senado.

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