São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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O pânico da chuva

Dados colhidos pelo radar do Centro Tecnológico de Hidráulica da USP, até a manhã de quarta-feira passada, previam a inundação do rio Tietê ao final daquele dia caso a chuva prosseguisse na cabeceira do rio Tamanduateí. Mesmo limitada, essa previsibilidade traz um certo alento contra a repetição -pelo menos na mesma intensidade- do drama das inundações.
O trabalho, que também envolve o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), permite a coleta de informações sobre a localização das nuvens e o potencial de chuva que apresentam. Estivessem munidos dos dados enviados pelo radar, a Defesa Civil do Estado e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) poderiam ter elaborado planos que minorassem a triste e repetitiva história das inundações.
O aviso prévio sobre as prováveis enchentes em regiões da cidade daria um prazo -ainda que pequeno- para que seus habitantes pudessem evitar ao menos uma parte dos transtornos. Do mesmo modo, a previsão e divulgação de rotas de tráfego alternativas poderia diminuir os congestionamentos e amenizar o risco de acidentes.
Se os prognósticos da meteorologia fundamentam-se em dados razoavelmente confiáveis, fazer uso dessas previsões -mesmo que com poucas horas de antecedência- é tarefa que se impõe aos órgãos de defesa civil.

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