São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Covas pode quebrar tradição

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O tucano Mário Covas pode quebrar uma tradição firmada há mais de dez anos por outro tucano, Franco Montoro: a de o governador nomear para o cargo de procurador-geral de Justiça o candidato que vencer a eleição na classe.
Durante sua campanha e depois de eleito, Covas deixou claro que não assumiria o compromisso de escolher o nome mais votado.
Na opinião do governador, a Constituição lhe dá a prerrogativa de escolher qualquer um dos três procuradores que integrarem a lista tríplice elaborada pela classe. E ele não está disposto a abrir mão desse poder.
Emmanuel Burle Filho e Luiz Antônio Marrey afirmam ter certeza de que serão os mais votados e, também, nomeados por Covas.
Covas terá problemas se Marrey ficar em segundo lugar, atrás de Burle. No Ministério Público e no Palácio dos Bandeirantes, o candidato da oposição é visto como o mais identificado com o tucano.
Essa proximidade seria reforçada pelos laços de Burle com o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho. Burle apela para a "tradição democrática" do tucano para afirmar que será nomeado. Marrey diz que não pode pedir para o governador abrir mão de uma prerrogativa constitucional.

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