São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Distrito Federal é primeiro no ranking dos transplantes

ROBERTO SAMORA
DA AGÊNCIA FOLHA

O Distrito Federal foi o líder dos transplantes de rim no país no ano passado, segundo levantamento da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos).
O índice da região em 95 foi de 37 transplantes por milhão de habitantes, três vezes mais que a média nacional (11 por milhão) e superior à européia (30 por milhão).
O segundo no ranking da ABTO é o Paraná (23 por milhão), seguido pelo Rio Grande do Sul (21), São Paulo (18,5), Pernambuco (15,3), Espírito Santo (15) e Minas Gerais (11).
Os transplantes de rim representaram 89,6% do total de transplantes de órgãos sólidos (pulmão, coração, rim e fígado) realizados em 95 no Brasil.
No ano passado, segundo a associação, ocorreram no país 1.630 transplantes de rim, 107 de fígado, 72 de coração e nove de pulmão.
Segundo o presidente da associação, Elias David-Neto, 40, embora a média brasileira de transplantes de rim seja quase três vezes menor que a européia, no ano passado houve um crescimento de pelo menos 30% em relação a 94.
"95 foi o melhor dos últimos anos", declarou. Em números absolutos, segundo David-Neto, ocorreram 1.100 transplantes em 94. "No ano passado, fizemos 1.630 transplantes", declarou.
O levantamento da ABTO, feito no ano passado pela primeira vez em cada Estado, é baseado nas informações das centrais estaduais de doação de órgãos.
A relação transplantes/milhão de habitantes é uma normatização internacional, que indica qual Estado realizou, em termos relativos, o maior número de transplantes.
Isso explica, por exemplo, por que São Paulo realizou 603 transplantes e está em pior posição no ranking que o Paraná, que fez 198.
Para o presidente da ABTO, todos os Estados com central de doações em funcionamento alcançaram média estadual de transplantes maior ou igual à nacional.
Segundo ele, Estados como o Rio (7,5 transplantes por milhão de habitantes), "que tem uma central que não funciona", tiveram índice inferior nacional.
"Depois que a Secretaria da Saúde instalou uma central, em agosto de 95, Pernambuco pulou para o quinto lugar em número de transplantes", disse David-Neto.

Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos - Telefone (011) 259-8668.

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