São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Empresas não usam crédito

DA REPORTAGEM LOCAL

Os altos custos supostamente envolvidos em programas de treinamento e qualificação de mão-de-obra são sempre o principal motivo alegado pelas empresas para não investir consistentemente nessa área.
Um dado no mínimo curioso coloca em xeque esse tipo de afirmação. Em maio do ano passado, o presidente Fernando Henrique Cardoso lançou o Proeduc -um programa de educação para a competitividade.
Apesar de terem chovido consultas, apenas uma empresa -a Companhia Siderúrgica Guanabara, do Grupo Gerdau- fechou um contrato com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Indústria e Tecnologia), que administra o Proeduc.
Custeado principalmente com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o Proeduc dispõe de R$ 100 milhões para financiar empresas e outras instituições que queiram desenvolver programas para a qualificação de mão-de-obra.
O prazo inicial do financiamento é de dois anos (podendo ser prorrogado). O valor do empréstimo é corrigido pela TJLP acrescida de 2% de juros ao ano.
Mas os juros caem para zero, se a empresa fizer parceria com a rede pública de ensino para ministrar os cursos.
O treinamento deve ser prioritariamente para ampliar o conhecimento básico e a cultura geral dos empregados, podendo acrescentar conhecimentos técnicos específicos. O valor do financiamento é discutido caso-a-caso.
O projeto da Cosígua, por exemplo, prevê que os operários trabalhem cinco horas e fiquem outras três horas na sala de aula, montada na empresa.
O financiamento é de pouco mais de R$ 900 mil e a contrapartida da empresa é de R$ 102 mil para beneficiar 700 operários na primeira etapa.

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