São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Manguebeat ganha influência de cultura rural

VANDECK SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O movimento manguebeat de Recife (PE) tem um novo som no mercado: a banda Mestre Ambrósio, que lança o primeiro CD, em produção independente.
A banda vem na rabeira do sucesso de Chico Science e Nação Zumbi, Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis e Mundo Livre S/A, os três grupos do manguebeat que já viraram CD.
A sonoridade do Mestre Ambrósio, porém, é diferente da de todos eles. Tem na cultura nordestina rural sua fonte de inspiração.
Os instrumentos também são outros: zabumba, fole de oito baixos, triângulo, pandeiro, viola, maracas, pífanos, reco-reco e até rabeca, uma espécie de violino rústico de origem árabe.
Os "Ambrósios" (como são conhecidos em Recife) estão juntos desde 1992. Têm menos de 30 anos. A origem musical deles é roqueira, mas o som hoje é influenciado por nomes como Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
"A gente gosta de rock, jazz, música africana, forró. Somos plurais", diz Hélder Vasconcelos, um dos componentes do grupo.
Lenine, Suzano e Denílson Campos (trio "Olho de Peixe") produziram o CD, que leva o mesmo nome do grupo. Tem forró, coco, maracatu, cavalo marinho e baião. O nome da banda vem de um personagem do bumba-meu-boi: Mestre Ambrósio é mestre-de-cerimônias dessa manifestação folclórica.
Além de Hélder, os outros componentes são: Siba (cantor) Éder Rocha (percussão), Maurício Alves (percussão), Sérgio Cassiano (percussão e vocal) e Mazinho Lima (baixo, triângulo e vocal).

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