São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
EUA propõem centro de controle aéreo
RUI NOGUEIRA do enviado especial a Bariloche Os Estados Unidos fizeram na 2ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas a mais ousada das propostas para o combate ao narcotráfico nos países da América Central e Caribe: a criação de um centro para controle do tráfego aéreo na região, sob comando norte-americano.O Panamá está fechado com os EUA na proposta, e os dois países, juntos, coordenam as consultas sobre a viabilização da idéia. Entre os representantes caribenhos e da América Central, há uma tendência a aceitá-la. Fora do Caribe, Brasil, Argentina e Chile deixaram claro, em encontros com o secretário norte-americano da Defesa, William Perry, que controle aéreo é assunto dos próprios países. Brasil e Argentina já têm aprovados, pelos respectivos Legislativos, programas especiais destinados à vigilância aérea. O Brasil deve implementar o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), no valor de US$ 1,4 bilhão, e a Argentina, o Plano Nacional de Implantação de Radares, orçado em US$ 429 milhões. A proposta de criação do centro de controle aéreo, mesmo que aceita pelos países da região, pode não fazer parte do documento final da conferência. O assunto passaria a ser negociado diretamente com os EUA. "Escola-estágio" O Centro de Estudos Estratégicos, segundo o ministro-chefe do Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas), o general Benedito Leonel, deve funcionar como uma escola de estágios com duração entre três e quatro semanas. A idéia da criação do centro também foi lançada pelos EUA na conferência que termina amanhã em Bariloche, na Argentina. O centro, uma escola para civis e militares para discussão de assuntos estratégicos de defesa, funcionaria, a princípio, em Washington. O governo norte-americano seria responsável por arcar com as despesas do centro. O ministro argentino da Defesa, Jorge Domínguez, quer que o centro funcione sobre supervisão da OEA (Organização dos Estados Americanos). Isso ajudaria na aceitação da proposta norte-americana pela maioria dos países. Texto Anterior: Chile defende compras Próximo Texto: Tropas podem ficar em Angola Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |