São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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BC volta a comprar excesso de dólares
DA REPORTAGEM LOCAL O mercado ajustou ontem para baixo suas expectativas com relação à taxa de juros e à variação do câmbio para os próximos meses.Nos dois casos -tanto no mercado cambial quanto no mercado de juros-, o ajuste foi gradual e se deu nos mercados futuros da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Os contratos de dólar com vencimento no primeiro dia útil de novembro foram os que tiveram a maior procura -31,6 mil negócios fechados. O volume é bastante bom quando comparado aos 7,6 mil contratos negociados na segunda-feira. No fechamento de ontem, o dólar para o primeiro dia útil de novembro foi cotado a R$ 1,026 -queda de 0,01% com relação ao dia anterior. Já os contratos com vencimento no primeiro dia útil de dezembro recuaram 0,04%, fechando a R$ 1,032. Nesse caso, o volume de negócios também cresceu substancialmente, passando de 6,2 mil contratos negociados para 16,3 mil contratos. A principal explicação para esse ajuste para baixo é o fluxo de dólares que deve fechar o mês positivo, ou seja, devem entrar mais dólares do que sair. O excesso de moeda norte-americana também ocorreu no chamado mercado "pronto" (de pronta entrega), o que obrigou o BC (Banco Central) a entrar no mercado. Como no dia anterior, o BC precisou "enxugar" o mercado, comprando dólar comercial pelo valor do piso da minibanda (R$ 1,022). Juros No mercado futuro de juros, a expectativa para novembro caiu de 1,79% no mês, na segunda-feira, para 1,78%, ontem. Os juros para dezembro também recuaram, passando de 1,76%, registrado na segunda-feira, para 1,74%, ontem. Neste caso, a principal causa são os baixos índices de inflação, como o índice da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) de setembro (0,07%). Bolsas A Bolsa de Valores de São Paulo acordou ontem depois de alguns pregões de poucos negócios. A Bovespa negociou R$ 525,5 milhões, contra R$ 305 milhões no dia anterior, fechando a 66.515 pontos -alta de 0,58% com relação à segunda-feira. Texto Anterior: FGV registra maior deflação desde 1944 Próximo Texto: Mesbla gira US$ 1 bi, mas vale US$ 9,4 mi Índice |
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