São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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MPB tem amostra histórica
SYLVIA COLOMBO
A programação nacional do evento remonta às primeiras edições do festival, em que a música popular brasileira tinha destaque particular. "Os primeiros anos foram brasileiros, depois entramos na fase das estrelas internacionais, e nossos músicos passaram a correr por fora", diz o saxofonista, flautista e produtor Zé Nogueira. Ele mostrará seu novo álbum, "Disfarça e Chora", que reúne chorinhos de Moacyr Santos, Jacob do Bandolim, Severino Araújo e outros sob a leitura do trombonista Vítor Santos, da flautista Andréa Dias e de Leo Gandelman. É um apanhado da história do choro com tratamentos modernos. O show terá a participação da bateria mirim da Vila Isabel. "Só parte dela, os mais novos não puderam devido à ligação do evento com uma marca de cigarros." Johnny Alf Diretamente dos anos 50, diletante das primeiras reuniões cariocas pré-bossa, Johnny Alf é talvez o representante do movimento que mais se aliou ao jazz em sua forma mais pura. Gravando pouco -só tem dois discos dele próprio ("Nós", de 74 e "Olhos Negros" , de 90)- Alf ficou famoso por fazer a pregação da bossa nova em São Paulo, tocando na noite para pequenos públicos. "Falsete", "Escuta" e "Estamos Sós" sairão do baú durante sua apresentação. Outro show com sabor de nostalgia é a apresentação de Edu Lobo. O compositor faz um panorama de sua obra, ligada aos festivais dos anos 60 e também à bossa nova. Edu Lobo confronta nervosismo político com romantismo sutil, características que o acompanham desde o tempo do Tamba Trio. A mais jazzística das atrações nacionais é o músico Paulinho Trompete, que mescla a linguagem do estilo com a rítmica brasileira. Tocou ao lado de Charles Mingus e John Coltrane e, por aqui, trabalhou em parceria com Gilberto Gil e Leny Andrade. Texto Anterior: Local e quatro palcos são as novidades Próximo Texto: DJs defendem fusão de estilos Índice |
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