São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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DJs defendem fusão de estilos
EVA JOORY
São os DJs Chillfreez (Jean Michel Legrou, americano) e Mattski (Matthew Kershaw, inglês). É no palco Groove que vão se apresentar, na sexta, James Taylor Quartet e Incognito, e no sábado, Me'Shell Ndegéocello e George Clinton. Em entrevista à Folha por telefone, de Nova York, Chillfreez, 30, disse que fundir a presença dos DJs com os shows se tornou a nova mania nos EUA e Europa: "Na verdade são os DJs que difundem a música desses artistas, que na maioria não chegam ao mainstream. Somos uma espécie de mensageiros". Chillfreez toca no clube Giant Step, em Nova York, destinado aos estilos variados do acid jazz. "O problema foi o mesmo enfrentado pelos criadores da dance music, que era um estilo underground. Agora se ouve dance music até em comerciais de TV." Chillfreez trabalha como uma espécie de decodificador musical: "Minha função como DJ é trazer à tona os sons e os estilos de amanhã, ao mesmo tempo em que presto homenagem aos mestres que vieram antes de nós". Mattski já veio ao Brasil em 1994. Tocou numa festa no Rio e numa casa noturna de São Paulo. Em Londres, ele toca no Ministry of Sound e no Blue Note. Em entrevista à Folha por telefone, de Londres, Mattski, 27, gostou da idéia de tocar antes do show. "Muito do que está se criando hoje em termos de música moderna é influenciado por clubes e por DJs. Vai ser interessante ver a reação do público." O DJ acredita que a rivalidade entre os diversos gêneros musicais de dance esteja diminuindo: "Todos nós viemos do mesmo lugar, que foi o nascimento da dance nos anos 80. A nova geração está de olho no futuro da música. Não dá mais para ficar no passado". Para ele, o futuro da dance está na diversidade de estilos: "Misturar influências é importante para o crescimento da dance. Criatividade é o segredo para que o público não se canse do estilo". Texto Anterior: MPB tem amostra histórica Próximo Texto: Bairro vira canteiro de obras Índice |
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