São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996
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Hong Kong funde felicidade e apreensão

EDWARD A. CARGAN
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Precisamente à meia-noite de 30 de junho de 1997, Hong Kong verá nos céus uma contribuição eminentemente chinesa à tecnologia.
Acima do porto, a mais espetacular demonstração de fogos de artifício da história do território vai brotar no céu, refletir nos arranha-céus e nas águas calmas e iluminar os rostos de centenas de milhares de pessoas.
Nessa noite, assim que o relógio badalar o dia 1º de julho, a Union Jack -a bandeira britânica- vai escorregar mastro abaixo, e seu lugar será ocupado por um pavilhão vermelho adornado por cinco estrelas amarelas.
A colônia britânica de Hong Kong passará a ser uma Região Administrativa Especial da República Popular da China.
O último governador da colônia, Chris Patten, vai embarcar no iate real Britannia e levantar âncora rumo ao mar do Sul da China.
Será um dia de felicidade para muitos -a colônia de Hong Kong, arrancada da China em 1852 pelas tropas imperais britânicas, após a Guerra do Ópio, voltará para as mãos chinesas.
Será um dia de apreensão para outros -o respeito da China pela lei e pelos direitos humanos é visto com desconfiança. Acima de tudo, será um dia lembrado por todos que o testemunharem.
Apesar da tensão nas relações sino-britânicas, espera-se algum tipo de cerimônia na ocasião.
"Um comitê vai trabalhar para promover um evento solene e digno", diz Peter Randall, da Associação de Turismo de Hong Kong.
"O ano de 1997 é obviamente especial, um momento único da história. Haverá muita gente interessada em estar aqui nesse dia. Serão pessoas com alguma ligação especial com Hong Kong."

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