São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Documento atrasa apuração

DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil ainda não havia recebido ontem à tarde as cópias dos depoimentos das nove pessoas que foram presas pelo crime do bar Bodega.
A corregedoria só deverá abrir inquérito para apurar a suposta tortura dos acusados após receber essa documentação, que deveria ser enviada ao órgão pelo Ministério Público.
Na quarta-feira à noite, o diretor da corregedoria, delegado Roberto Maurício Genofre, reuniu-se com o promotor Eduardo Araújo da Silva. "Ele me contou que não denunciaria os acusados pelo crime do Bodega e que ia pedir a apuração da tortura", disse Genofre.
O diretor da corregedoria disse que irá convocar todas as pessoas presas pelo crime da Bodega a fim de que elas confirmem ou não as denúncias feitas em sigilo à Corregedoria do Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Os exames servirão para constatar a existência de ferimentos nos presos e para saber se aqueles ferimentos são compatíveis com o histórico de tortura.
Enquanto a corregedoria apura a acusação de tortura no 15º DP, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai reiniciar as investigações sobre o crime na choperia.

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