São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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"Zé do Caixão" fez faxina em cinema

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Não, à meia-noite ele não encarnava em cadáver algum. O cineasta e produtor José Mojica Marins, 65, começou cedo a vida profissional.
Quando tinha sete anos, morava dentro de um cinema na Vila Anastácio, próxima ao bairro da Lapa (zona oeste de São Paulo).
"Meu pai era gerente do cinema. E tinha um monte de puxa-sacos da minha idade, todos querendo entrar de graça no cinema."
A solução que o pai encontrou foi juntar toda a criançada e colocá-la para limpar o cinema. "A gente era uma espécie de lixeiro de cinema", diz Mojica.
O pagamento era deixar frequentar as sessões de graça. "Esse foi meu primeiro emprego."
Seus trabalhos sempre foram relacionados ao cinema. Aliás, cinema foi seu local de trabalho e também moradia -dos 4 aos 19 anos.
"Aos nove anos eu fazia cineminha com caixinhas, até que meu pai me deu uma filmadora."
Ele batia fotos e projetava imagens para as pessoas. "Já fiz de tudo, mas sempre procurava pessoas para arrastar para o cinema."
Hoje, entre outras empreitadas, prepara um livro sobre etiqueta em velórios.
(LPz)

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