São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
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Prefeito aumentou 44% os pontos de táxi

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao longo de seu mandato, Maluf tratou bem de um pequeno mas tradicional reduto de apoio seu na cidade: os taxistas e donos de frota.
Ele fez aumentar a relação passageiros por táxi e criou novos pontos para os motoristas de praça.
O número de taxistas autorizados a circular em São Paulo caiu nos três primeiros anos de sua gestão. Era 33.351 no último ano de Erundina e caiu a 31.801 em 95.
Só este ano, a frota de táxis voltou a crescer, chegando a 32.775. Mesmo assim, a média de táxis em circulação no governo Maluf é inferior à da administração passada.
Foram, em média, 33.925 táxis circulando em São Paulo no governo petista contra 32.278 na gestão malufista (5% a menos).
Essa redução ocorreu principalmente entre os motoristas autônomos (eram 27.140 em 92 e são 25.960 hoje). As concessões de serviço de rádio-táxi, entretanto, aumentaram 45%, de 1.545 para 2.285 no mesmo período.
Em termos de passageiros potenciais, eram 278 paulistanos para cada táxi na gestão anterior, contra 304 na atual gestão.
O secretário de Transportes, Carlos de Souza Toledo, diz que essa foi uma política da prefeitura. São várias as justificativas, diz: "O mercado estava desfavorável ao taxistas, por causa da tarifa alta e do excesso de táxis".
A ajuda foi além. O número de pontos de táxi aumentou 44% durante a gestão malufista -mais do que o dobro do crescimento da gestão Erundina: 21%.
Para os taxistas, ficar parado num local é economicamente mais interessante do que circular para procurar passageiros. No ponto, ele economiza combustível e desgasta menos o veículo.
Segundo Toledo, sem precisar procurar por passageiros rodando, os táxis não poluem e atrapalham menos o trânsito. Além disso, havia demanda de pontos por escritórios e pelo comércio.
Há inconvenientes nos pontos, porém. Cada um deles representa a redução de quatro a cinco vagas para estacionamento.
São cerca de 2.000 lugares a menos para os motoristas particulares estacionarem na cidade. Bom para os donos de estacionamento e para taxistas, que ganham clientes que preferem tomar táxi a pagar para estacionar.
(JRT)

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