São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
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Exames atestam "derrapagens"

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto permaneceram nos internatos, os 370 garotos passaram por exames psicopedagógicos. Roberto da Silva leu os relatórios com os resultados.
Ele percebeu que muitos dos futuros criminosos já manifestavam comportamento anti-social na infância ou adolescência.
Descobriu, por exemplo, o caso de um menino que foi para o orfanato com 6 anos.
Tempos depois, quando ainda estava sob a tutela do Estado, arrumou emprego em um escritório de advocacia. Acabou demitido por furto.
Na maioridade, deixou o internato e se tornou contrabandista. Também cometeu quatro assaltos e um homicídio.
"A conclusão é cristalina", afirma o pesquisador. "As instituições conseguiam diagnosticar as 'derrapagens' dos garotos. Só que, por privá-los de educação adequada, não cortavam o mal pela raiz."
Leia à esquerda outros casos que Silva garimpou.
(AA)

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