São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Cláudia Campos Silva redescobre a harpa de Tournier, Helayel e Debussy

WILLIAM LI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Na última quarta-feira, 30 de outubro, ocorreu um requintado recital no auditório da Embaixada de Portugal no Brasil, em Brasília.
A harpista Cláudia Campos Silva, professora da Escola de Música da UnB, proporcionou momentos de verdadeira magia musical aos raros ouvintes que foram convidados pela embaixada portuguesa.
A harpa é um dos instrumentos mais difíceis de serem tocados, e praticamente só existem harpistas mulheres, talvez devido à delicadeza do instrumento.
Tão caro a Debussy, o instrumento serve, no entanto, para quase todo tipo de música. Foi o que demonstrou a talentosa artista no recital.
O concerto começou com uma delicada peça de Tournier, "Au Matin", passando para uma pequena suíte de Salzedo.
A seguir, uma composição surpreendente: uma suíte de Helayel intitulada "Morte e Vida de Lampião e Maria", que narra musicalmente a história de Lampião e Maria Bonita.
Composta de quatro partes, "Correria","Sono Cortado", " Ladainha" e "Lenda", a música conta a história da fuga de Lampião, sua prisão repentina, o lamento e a lenda.
A harpista ainda executou "Green Leaves", tradicional canção inglesa.
Eventos públicos e megalômanos como uma apresentação da Sinfônica de Berlim são sem dúvida importantes.
Mas carecem do charme de um recital de harpa.

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