São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996 |
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Cláudia Campos Silva redescobre a harpa de Tournier, Helayel e Debussy
WILLIAM LI
A harpista Cláudia Campos Silva, professora da Escola de Música da UnB, proporcionou momentos de verdadeira magia musical aos raros ouvintes que foram convidados pela embaixada portuguesa. A harpa é um dos instrumentos mais difíceis de serem tocados, e praticamente só existem harpistas mulheres, talvez devido à delicadeza do instrumento. Tão caro a Debussy, o instrumento serve, no entanto, para quase todo tipo de música. Foi o que demonstrou a talentosa artista no recital. O concerto começou com uma delicada peça de Tournier, "Au Matin", passando para uma pequena suíte de Salzedo. A seguir, uma composição surpreendente: uma suíte de Helayel intitulada "Morte e Vida de Lampião e Maria", que narra musicalmente a história de Lampião e Maria Bonita. Composta de quatro partes, "Correria","Sono Cortado", " Ladainha" e "Lenda", a música conta a história da fuga de Lampião, sua prisão repentina, o lamento e a lenda. A harpista ainda executou "Green Leaves", tradicional canção inglesa. Eventos públicos e megalômanos como uma apresentação da Sinfônica de Berlim são sem dúvida importantes. Mas carecem do charme de um recital de harpa. Texto Anterior: Wynton Marsalis lança CD de música barroca Próximo Texto: "Conselho de Duke Ellington me despertou", diz Max Roach Índice |
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