São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996 |
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REPERCUSSÃO Chitãozinho, da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó - "É benéfico incentivar o folclore e a raiz, mas não aumentando a alíquota sobre o disco estrangeiro. É legal que o público tenha acesso a todo o tipo de música daqui e de fora. A elaboração de uma lei obrigaria as rádios a tocar mais músicas brasileiras." Paulo Miklos, integrante dos Titãs - "Acho fantástica a iniciativa do ministro. A música popular não pode ficar estanque nos museus, tem que ser veiculada. Não é obrigar ninguém a ouvir música brasileira, mas o governo deveria criar veículos para isso, como um canal só de clipes na TV paga." Itamar Assumpção, cantor e compositor - "Isso não me diz respeito. Existem vários tipos de música brasileira. A que eu faço não está no mercado. Artistas como Macalé, Mautner, Melodia e eu estão fora do mercado. A gente tem um público restrito fiel e maravilhoso. Estou me lixando para o mercado." Helder Vasconcelos, percussionista e sanfonista da banda pernambucana Mestre Ambrósio - "Essa lei é discutível. Em Recife, as rádios foram obrigadas a tocar frevo no Carnaval e não vingou, porque o povo desligava. O problema é de base, de educação, de formação do gosto musical. Depois que você escuta algo de verdadeiro, reconhece e não quer saber do que não presta. O que existe hoje é um círculo vicioso: a mídia diz que toca o que o povo quer, e o povo só escuta o que a mídia toca. Não sei se uma lei quebraria isso." Ivan Lins, cantor e compositor - "Sou favorável à criação de regras que tornem maior, mais rápido e mais barato o acesso do povo à música brasileira. É bom criar incentivos fiscais para incentivar rádios e gravadoras a lançarem música brasileira." Edgard Scandurra, guitarrista e integrante do Ira! - "Acho que antes de obrigar a tocar mais música brasileira nas rádios é preciso acabar com a corrupção na arte. Hoje em dia um artista brasileiro tem que colocar no orçamento da produção de um disco o dinheiro para pagar o diretor de uma rádio para incluir uma faixa na programação. Isso é uma imoralidade." Texto Anterior: Novos impostos causam revolta Próximo Texto: Principais pontos Índice |
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