São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Quatro secretários do presidente pedem demissão

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Quatro integrantes do gabinete de Bill Clinton apresentaram ontem seus pedidos de demissão: os secretários Warren Christopher (Estado), William Perry (Defesa) e Mickey Kantor (Comércio) e a secretária Hazel O'Leary (Energia).
Os quatro (ministros) ficarão em seus cargos até que substitutos sejam nomeados, pouco antes da posse do presidente, em janeiro.
Outras demissões são esperadas para os próximos dias. Entra elas, a da secretária Janet Reno (Justiça) e as dos secretários Federico Peña (Transportes) e Henry Cisneros (Habitação). O chefe da Casa Civil, Leon Panetta, já se demitira.
O secretário da Educação, Richard Riley, apesar da oposição de Clinton, que deseja mantê-lo no cargo, também quer se demitir.
Na mesma situação está o secretário do Trabalho, Robert Reich, que se aborreceu com a promulgação pelo presidente da lei que reformulou a Previdência Social.
Clinton vai esperar que todas as demissões lhe sejam entregues para poder recompor o ministério de modo que haja nele mulheres, negros e hispânicos, como ele havia prometido ao ganhar sua primeira eleição presidencial.
Ele também vai tentar pôr no ministério um ou dois membros do Partido Republicano, de oposição, para amenizar os efeitos de trabalhar com um Congresso hostil.
Nomes
Os nomes mais cotados para o lugar de Christopher são: Madeleine Albright, atual embaixadora dos EUA junto à ONU, Richard Holbrooke, ex-secretário-assistente e arquiteto do acordo de paz na Bósnia, Strobe Tallbott, atual subsecretário e amigo pessoal de Clinton, e George Mitchell, ex-líder democrata no Senado.
Os favoritos para a vaga de Perry são: Sam Nunn, ex-senador democrata pelo Estado da Geórgia, John Deutch, atual diretor da CIA, e John White, atual subsecretário.
Para os dois postos, fala-se sobre a possibilidade de um destes republicanos: o general Colin Powell, ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o senador Richard Lugar, de Indiana, e o ex-senador William Cohen, do Maine.
Não há especulações sobre a substituição de Mickey Kantor, insatisfeito com a posição de secretário do Comércio, à qual foi conduzido após a morte de Ron Brown. Kantor aceitaria o Departamento da Justiça ou a chefia da Casa Civil. Se não conseguir, prefere sair.
O "alter ego" de Clinton, Mack McLarty, que foi afastado de seu primeiro posto, de chefe da Casa Civil, pode ir para o lugar de O'Leary no Departamento da Energia ou para o de Kantor.
Se Riley sair, seu substituto no Departamento da Educação pode ser o governador da Virgínia Ocidental, Gaston Caperton.
O secretário do Tesouro, Robert Rubin, é apontado como provável substituto para a Casa Civil, o que abriria outra pasta, para a qual é cotada a assessora econômica de Clinton, Laura D'Andrea Tyson.
Dole pode ser apontado para presidir uma comissão para mudar a previdência médica.
(CELS)

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