São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996 |
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Os meninos do Brasil
NELSON DE SÁ
A pergunta da Bandeirantes ao publicitário Duda Mendonça tomava por referência o "debate", mas a resposta foi uma apreciação de Celso Pitta na campanha toda. - O Pitta é um sujeito muito tranquilo. Ele tem um bom controle e nas horas mais tensas é que se sai melhor. É engraçado, ele vai se soltando... Nesta campanha, ele ganhou uma cancha de televisão em que ele parece um profissional de televisão... Um profissional de televisão é certamente o que o publicitário malufista fez do candidato malufista, mas segue a resposta, empolgada. - Ele improvisa, tem cintura, sorri na hora certa. Ele é um belíssimo candidato. Improvisa, sorri, até chora na hora certa. O vaticínio do publicitário: - Será um grande nome na política brasileira dentro de muito pouco tempo. Ele está certo. Uma lição desta eleição, que veio mudar a política brasileira, é que um político pode ser construído, virtualmente, do nada. Do inteiro desconhecimento. Com os comerciais, bastam uma boa direção, dinheiro e surge um grande nome na política. Neste ano de 96, toda uma geração de grandes políticos está nascendo. Os filhos de Duda Mendonça, os meninos do Brasil, como no filme. * Quanto ao "debate", Globo e Bandeirantes não cansaram do vexame, culminado nos respectivos favorecimentos a Erundina e Pitta. Seguiam ontem com ataques indiretos aos "adversários". A Globo passou o dia a lembrar, no Bom Dia São Paulo, no Bom Dia Brasil, no Hoje, no SPTV, que o candidato malufista faltou ao "debate". À noite, sublinhou longamente a denúncia de superfaturamento, contra Pitta. Na Bandeirantes o ataque seguiu na manchete do Jornal Bandeirantes, também sublinhando a ausência de Erundina e na briga contra os números de audiência. O vexame não tem fim. Texto Anterior: Campanha quer impedir o leilão Próximo Texto: Lara Resende lança livro em S. Paulo Índice |
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