São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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São José e Ribeirão operam sem radar

DA FOLHA VALE; DA FOLHA RIBEIRÃO

Controle do aeroporto de Campinas é monitorado por radar instalado em São Paulo
Os aeroportos de São José dos Campos e Ribeirão Preto operam sem radar e sistemas de comunicação avançados nas torres de controle de vôo.
Em São José, as informações para pousos e decolagens são passadas aos pilotos por meio de rádio. Dados sobre a posição de aviões são fornecidos pelos equipamentos de vôo das aeronaves.
Em Ribeirão, o monitoramento do aeroporto Leite Lopes é realizado por um sistema de antenas que mede a aproximação dos aviões. Segundo a administração do aeroporto, a falta de radar não traz risco de acidente.
O superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) em São José, brigadeiro Luiz Thomaz Carrilho, disse que as operações estão dentro dos padrões internacionais de segurança.
Os dois aeroportos passam por estudos para reforma e modernização. A modernização do de São José foi aprovada durante o governo Collor, mas até agora os equipamentos -que incluem radares- não foram instalados.
A Folha tentou contato com o Ministério da Aeronáutica para saber o motivo da demora, mas não obteve resposta.
Campinas
O controle aéreo do Aeroporto Internacional de Viracopos é monitorado por radar instalado em São Paulo. A Infraero prevê a instalação de uma nova torre com radar no aeroporto entre o final de 97 e início de 98.
A Infraero registrou 3.002 pousos e decolagens no mês passado, contra 2.700 em setembro.
Mesmo com o movimento recorde de outubro, Viracopos trabalha com 15 controladores de vôo, 50% menos que o ideal, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, e 166% a menos do que queria a Infraero.
Segundo ele, os controladores do aeroporto de Viracopos chegam a trabalhar até dez horas por dia, quando a lei estabelece um máximo de seis horas.
Segundo a Infraero, a alta carga horária se deve à incorporação da empresa Tasa (Telecomunicações Aeronáuticas S.A.), que foi extinta.
A Infraero informou que assumiu os funcionários da Tasa e manteve um contrato que tinha com a empresa de jornada de trabalho de 144 horas mensais.

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