São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996 |
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Garoto pode ter morrido de congestão
DA REPORTAGEM LOCAL O garoto Guilherme Moreira Pires, 9, que morreu anteontem durante uma aula de natação no Colégio Rio Branco da Granja Viana, em Cotia (Grande São Paulo), pode ter tido uma congestão.O atestado de óbito aponta como causa da morte "asfixia mecânica obstrutiva". Segundo os funcionários da escola que o atenderam, ele expeliu pedaços de alimento após ser retirado da piscina. Os funcionários afirmam ainda que o garoto não pediu socorro ou teve qualquer atitude de pânico, o que reforçaria a tese de congestão. O diretor da escola, Lourival Reis Blanco, 51, negou negligência no atendimento ao garoto. Segundo ele, tudo ocorreu muito rápido e não houve falta de acompanhamento em nenhum momento. Segundo Blanco, a turma de alunos estaria acompanhada de três professores durante a aula. O acidente teria ocorrido no final da aula, quando as meninas da turma já haviam se retirado, junto com duas professoras. O professor que ficou acompanhando a turma teria saído para socorrer um garoto que havia batido a cabeça ao sair da piscina e quando voltou foi alertado de que havia um corpo boiando. Segundo a diretoria do colégio, o tempo despendido entre o aviso ao médico responsável pela piscina e o primeiro atendimento foi de aproximadamente dois minutos (leia ao lado a íntegra do comunicado oficial divulgado pela escola). A hipótese de negligência está sendo averiguada pelo 2º Distrito Policial de Cotia. Segundo o delegado titular, Luiz Carlos dos Santos, 41, as primeiras testemunhas começariam a ser ouvidas ontem no final da tarde. Bolsa Guilherme era filho de um inspetor de alunos da escola, que trabalhava lá havia pouco mais de um ano. O garoto, que estava na 3ª série do 1º grau, começou a estudar no colégio no início do semestre, depois de receber uma bolsa de estudos da escola. Guilherme foi enterrado ontem à tarde em Jandira (Grande São Paulo). Os pais do garoto, ainda traumatizados, não quiseram dar declarações. Um tio de Guilherme disse que o sobrinho não sabia nadar e que aquela era sua terceira aula de natação. A família não sabe ainda se vai pedir algum tipo de indenização ao colégio. Segundo a direção do Rio Branco, o enterro foi pago pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, mantenedora da escola. Funcionamento normal A escola teve funcionamento normal ontem. Segundo a diretora do primário, Regina Mascarenhas Gonçalves de Oliveira, 52, não havia motivo para suspender as aulas. Texto Anterior: Micos dos EUA ameaçados de extinção vão para o Rio Próximo Texto: Leia íntegra do comunicado Índice |
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