São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996 |
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Mostra tem obras interditadas
CASSIANO ELEK MACHADO
Outras estão sumindo aos olhos do público por problemas técnicos. Se a deterioração dos peixes de David Boxer era previsível, assim como o avanço das formigas nas bandeiras do japonês Yanagi, o sumiço, literal, da obra do representante de Honduras, Ezequiel Padilla Ayesta, surpreende os que visitaram a exposição duas vezes. A instalação, que reproduz um túnel escuro, está "em manutenção" há vários dias e foi retirada "temporariamente" da mostra. Ao fechar algumas das obras, a Bienal as desmaterializou com antecedência. As "Torres de Gelo", de Marianne Heske, por exemplo, uma das peças favoritas do público, estão em reparos e não podem ser manuseadas, como queria Heske. A obra só foi reaberta no dia da visita da atriz norueguesa Liv Ullmann, para que ela pudesse brincar com a instalação da conterrânea, composta por uma torre coberta de gelo por fora e quente por dentro e outra com o interior também gelado. No período da manhã, quando a visitação é restrita às crianças, as salas fechadas se multiplicam. Outro dos artistas mais populares da Bienal, o anglo-indiano Anish Kapoor, tem suas esculturas interditadas das 9h às 13h, horário em que grupos escolares transitam pela Bienal. A instalação vermelha que cria a ilusão de infinito vinha sendo alvejada por sacos de salgadinhos. Texto Anterior: Bienal se desmaterializa antes da hora Próximo Texto: Sesc traz estrelas da arte pública Índice |
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