São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996 |
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Petista bate-boca com favelados em reduto do PSB
DANIELA FALCÃO
Após se reunir com garis às 6h30, Fátima foi à favela do Areal (região de mangues próxima ao rio Potengi), onde tomou café da manhã. Lá foi abordada por eleitores da candidata do PSB, que queriam tomar satisfações sobre declarações da petista de que as crianças que viviam nos mangues eram mordidas por ratos. "Aqui não tem rato não. A gente é pobre, mas é limpa. Se tiver uma rata aqui, é ela", disse uma moradora, que não quis se identificar. Cercada pelos correligionários de Vilma, Fátima disse que havia visitado várias casas onde crianças haviam sido mordidas por roedores. Insatisfeitos com a explicação, os eleitores da candidata do PSB começaram a entoar os jingles da campanha de Vilma, enquanto a petista deixava o local de carro. Fátima estava acompanhada de Francisco Urbano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. Ela defendeu a reforma agrária ao distribuir melancia, banana, pão, queijo e biscoitos aos favelados. Antes do incidente, ela havia percorrido as vielas da favela até chegar ao mangue. Ouviu reclamações sobre a falta de saneamento e mau cheiro constante. Vilma Vilma de Faria preferiu percorrer ruas do centro da cidade para fazer o último corpo-a-corpo com os eleitores. Chegou por volta de 11h. Um grupo animado de eleitores uniformizados já se concentrava desde as 10h em frente à loja onde a candidata deveria entrar. Repetindo exaustivamente o refrão do jingle de Vilma ("O povo não é bobo para arriscar de novo"), o grupo provocou eleitores do PT que também faziam propaganda no local, observados atentamente pelos seguranças da loja. Texto Anterior: Militares vão para as ruas Próximo Texto: Vices têm semelhanças Índice |
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