São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996
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Manowar estréia em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O banda norte-americana Manowar faz hoje e amanhã no Olympia suas primeiras apresentações no Brasil.
Depois, segue para o Rio de Janeiro, onde se apresenta no dia 20 (Imperator).
A banda "mais barulhenta do mundo", como eles gostam de proclamar, mostra o show de lançamento do álbum "Louder than Hell".
Em entrevista à Folha, o vocalista do Manowar, Eric Adams, desfiou seu ódio a Seattle, à música eletrônica e aos "traidores do metal".
"Carregamos com orgulho a bandeira do heavy metal", diz Adams. "Não somos como o Metallica, que abandonou os fãs. Nunca vou tocar nada que não seja metal."
Falso ou verdadeiro
Influenciada por Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple, a banda se diz defensora do "true heavy metal" (heavy metal de verdade).
"Não respeito bandas que não são capazes de mostrar ao vivo o som que está no disco."
Para Adams, o que domina a cena hoje é o "false heavy metal". Nessa categoria, estaria a turma de Seattle.
"Essa onda está morrendo. Quando mais rápido, melhor. Odeio essas bandas todas. Não tocam, não cantam, são uma merda."
Adams conta que conheceu o Sepultura em Milão, Itália. "Eles tocam rápido como o diabo nos discos e fazem a mesma coisa ao vivo. Isso é heavy metal."
Capa e espada
Segundo Adams, a banda não trouxe todo o seu equipamento para o Brasil. "Não caberia num local pequeno", diz.
"Mas posso garantir que vamos tocar o som mais poderoso que já se ouviu por aqui."
Poder e força estão na base de todas as letras do grupo, de autoria do baixista Joey DeMaio. "Queremos que nossos fãs sejam líderes, e não seguidores."
Capa e espada, histórias de vikings e mitologia grega entram no coquetel.
"O Joey está sempre estudando mitologias diferentes. Mas sempre voltamos para a imagem do guerreiro."
Adams, que está na banda desde a sua formação, em 80, recusa-se a revelar a idade.
"Garanto que sou velho o suficiente para conhecer todas posições sexuais possíveis."

Show: Manowar Quando: hoje e amanhã, às 22h
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, Lapa, tel. 252-6255)
Quanto: R$ 30 a R$ 50

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