São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996 |
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'Brincando de Seduzir' revive 'O Reencontro'
FRANCISCO MARTINS DA COSTA
Com um elenco tão estrelado quanto o do "original", o filme de Ted Demme mostra o reunião de um grupo de "loosers" em uma cidadezinha do norte dos EUA. Reencontros dessa natureza fatalmente acabam revelando os podres de seus participantes. Tommy (Matt Dillon) e Willie (Timothy Hutton), que eram os bacanas da turma na juventude, acabaram virando respectivamente um limpador de gelo acumulado na rua e um pianista cuja carreira não decola. Paul (Michael Rapaport) continua um moleque obcecado por modelos e Mo (Noah Emmerich), o único que casou, é um paizão careta. A história começa com o regresso de Willie à sua cidade natal. Ele aproveita a volta ao lar e o reencontro com os amigos de infância para fazer um balanço de sua carreira e de seu relacionamento com uma advogada de Nova York. Se Willie, de certa maneira, se decepciona com os velhos amigos e com seus familiares (seu irmão é interpretado por David Arquette, irmão caçula das atrizes Rosana e Patrícia), pelo menos ele conhece duas garotas que valem a viagem. Sua vizinha de 13 anos, Marty (Natalie Portman, a menininha de "O Profissional", de Luc Besson), protagoniza as melhores cenas do filme. Seus diálogos com Tommy são hilários e surpreendentes. A outra "descoberta" de Tommy é Andera (Uma Thurman), uma publicitária de Chicago que vai visitar seu primo. A conversa mais reveladora que ele tem não é com nenhum de seus velhos amigos, mas justamente com ela. Assim como ele se divertiu em seu "revival", é fácil gostar do filme. Pena que Mira Sorvino e Rosie O'Donnell estejam desperdiçadas em papéis secundários. Filme: Brincando de Seduzir Produção: EUA, 1995 Direção: Ted Demme Com: Timothy Hutton, Matt Dillon, Uma Thurman, Natalie Portman, Michael Rapaport e Mira Sorvino Cinemas: Iguatemi 2, Olido 2, Gemini 1 e circuito Texto Anterior: Comédia preconiza a felicidade do dia-a-dia Próximo Texto: Caretice faz filme gay com amargura Índice |
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