São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996 |
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Fotógrafo pediu exumação de fazendeiro
WILLIAM FRANÇA
O Rei do Cangaço, segundo a história, foi morto e decapitado, junto com Maria Bonita e outros nove cangaceiros, em julho de 1938, na grota do Angico (SE), às margens do rio São Francisco. Para Aguiar, Lampião e Maria Bonita conseguiram fugir ao cerco da volante (polícia) e se instalaram em Minas Gerais, passando também pela Bahia, Alagoas e Goiás. Os dois teriam tido outros dez filhos, além de Expedita Ferreira Nunes. Maria Bonita, segundo ele, usava o nome de Maria Teixeira Lima. Depois de sua morte, em 1987, em Montes Claros (MG), o fazendeiro se casou de novo e teve mais um filho. "Sou o verdadeiro Lampião" Aguiar está pesquisando o fazendeiro há quatro anos e meio. Neste período, descobriu que ele usou pelo menos dez nomes diferentes e morou em 15 cidades, segundo o fotógrafo, para fugir de eventuais perseguições de crimes cometidos à época do cangaço. Segundo Aguiar, o fazendeiro lhe disse: "Homem que é homem não mente, eu sou o verdadeiro Lampião". Em outra oportunidade, afirmou: "Homem nenhum conseguiu matar Lampião. Só Deus será capaz de me matar". Aguiar prepara um livro com 45 depoimentos de pessoas que conviveram com o suposto Lampião, além de documentos e fotografias do fazendeiro. O juiz José Humberto da Silveira, da comarca de Arinos (MG) -que responde por Buritis-, negou pedido de exumação do corpo do fazendeiro por haver falhas jurídicas no requerimento. Novo pedido foi protocolado por Aguiar na quinta-feira. O IML (Instituto Médico Legal) de Brasília, que fará a exumação -se autorizada- do fazendeiro, também realizará o exame de DNA para comparar o código genético do fazendeiro com o de parentes de Lampião. (WF) Texto Anterior: Filha de Lampião não vai comparar DNA Próximo Texto: "Na minha família ninguém é frouxo" Índice |
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