São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996 |
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Albernaz, do PSDB, vence com 56%
LAURO VEIGA FILHO
Apurados 69,5% do total de votos, até as 19h40 de ontem, Albernaz registrava 53,7% dos votos válidos, e Bittencourt, 46,2%. A se confirmar a diferença apontada até aquele momento pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, os resultados dessa eleição deveriam praticamente repetir o segundo turno de 88, quando Darci Accorsi (PT) derrotou Sandro Mabel (PMDB) por nove pontos. Essa seria a segunda derrota do PMDB na capital, com reflexos sobre a sucessão estadual em 98. Em entrevista à Agência Folha, Nion Albernaz afirmou que não houve instante algum em que chegasse a pensar em derrota, "apesar do uso agressivo da máquina administrativa pelo adversário". O prefeito eleito voltou a criticar a campanha peemedebista. "A honra e a ética ficaram de fora do discurso do opositor." Para ele, o eleitor fez a sua escolha com base no desejo de ver a cidade administrada por "um gerente, uma espécie de síndico, como fizeram também os eleitores do Rio de Janeiro e de São Paulo ao escolher Conde e Pitta". Bombardeado durante toda a campanha por denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito, Albernaz demonstrava alívio e descontração ao entrar carregado por cabos eleitorais na sede do TRE, ontem, no começo da noite. A votação Segundo avaliação do chefe do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar, coronel Leopoldo Silva Freire, a votação nesse segundo turno foi "mais rápida e menos tumultuada do que no primeiro turno em todas 1.402 seções eleitorais da capital". Para quebrar a tranquilidade, foram presos 659 cabos eleitorais durante boca-de-urna. Eles foram liberados às 17h. Ainda de acordo com a PM, seis cabos-eleitorais foram presos na madrugada de sexta-feira e encaminhados à superintendência da Polícia Federal para prestar depoimento porque estariam distribuindo tíquetes-leite (programa de distribuição gratuito de leite do governo estadual a famílias de baixa renda) e vale-combustível a eleitores. O procurador do Ministério Público Eleitoral de Goiás, Fernando Krebs, preferiu não adiantar detalhes e disse que deverá ser aberto um inquérito para investigar as suspeitas de crime eleitoral. Texto Anterior: PF apura uso da máquina municipal Próximo Texto: Itamar vota em peemedebista Índice |
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