São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996
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Preconceito contra juíza está superado, diz ministro

ESPECIAL PARA A FOLHA

"É curioso observar que, vencido no Judiciário -que paga sempre pela fama do reacionarismo-, o machismo ainda domina no ponto das indicações políticas para a magistratura: é mínimo o número de mulheres nos tribunais de cúpula e no quinto constitucional (um quinto dos magistrados nos tribunais são indicados pelo Ministério Público e outro quinto pela Ordem dos Advogados do Brasil)", avalia o ministro Sepúlveda Pertence, presidente do STF.
Para Pertence, os números provam que está superado definitivamente o preconceito dos tribunais contra a mulher juíza. "E algumas juízas se incluem hoje entre as melhores magistradas do país", diz.
Mas é relativamente recente a participação feminina na magistratura.
Em São Paulo, data de 1981 o primeiro concurso a aprovar mulheres para a magistratura.
Zélia Maria Antunes Alves é uma das pioneiras de 1981. Ela é hoje juíza substituta do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo.
"Quando eu prestei concurso, todo mundo dizia que eu não ia entrar. A magistratura era um universo masculino", disse.
Segundo dados da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), dos 112.404 advogados paulistas, 36% (40.362) são mulheres (levantamento feito em julho deste ano).
Mas dos 7.744 estagiários de direito distribuídos por todo o Estado de São Paulo, 55% já são mulheres.

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