São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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'Contraponto' mostra que há vida na rede

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Outro livro recente nos EUA sobre o espaço cibernético faz a defesa do mundo virtual e procura mostrar que, por incrível que pareça, ele é administrado por seres humanos de carne e osso.
Rick Smolan e Jennifer Erwitt fizeram muito sucesso nos últimos dez anos com sua coleção "Um Dia na Vida", projeto que tinha por objetivo capturar em fotos e textos os fatos e emoções de um dia corriqueiro em alguma região do mundo, em geral um país.
Em 8 de fevereiro passado, 150 fotógrafos gastaram 9.000 rolos de filmes registrando as atividades de empresas como America On Line e Netscape e em dezenas de locais no mundo (casas particulares, hospitais, igrejas, escolas) em que seus serviços são acessados.
O resultado está no livro "24 Hours in Cyberspace" (QUE Macmillan, 224 págs., US$ 49,95), que inclui um CD-Rom, e também pode ser acessado na Internet no endereço http://www.cyber24.com. A página diz, por exemplo, que "o cyberespaço não é mais uma abstração. É agora o mundo real".
A legenda de cada foto no livro contém o endereço pelo qual o leitor pode obter inúmeras informações adicionais e atualizadas a respeito da pessoa ou instituição retratada na fotografia.
Segundo Smolan, as fotos do livro "mostram com clareza absoluta que as pessoas em todos os lugares estão ligadas entre si pela busca de um senso de comunidade e pelo desejo de alcançar outras para dividir com elas seus problemas e soluções comuns".
Crescimento
O subtítulo do livro "Pintando as Paredes da Caverna Digital" indica a opinião dos autores de que o processo de formação da comunidade cibernética está apenas no começo e só tende a crescer.
Nos EUA, 17% da população (cerca de 35 milhões de pessoas) usa a Internet. Na faixa etária dos 30 aos 49 anos, a proporção sobre para 49%. Entre os que têm mais de 50 anos, desce para 16%.
(CELS)

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