São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Bolsa-escola é prioridade, diz eleito
ESTANISLAU MARIA
"Não haverá veto ideológico", afirmou Rodrigues, que obteve 291.184 votos contra 215.465 do adversário, Ramiro Bentes (PDT), candidato do governador Almir Gabriel (PSDB). * Agência Folha - O que significa a sua vitória? Edmilson Rodrigues - O povo quis a mudança e pôs um trabalhador no governo. Essa é a demonstração de que o povo não aceita o retrocesso e quer construir uma Belém feliz. Agência Folha - Com pouca verba para 1997 (R$ 362,5 milhões), o sr. não teme frustrar o eleitor? Rodrigues - A maior frustração para o povo seria continuar sendo governado por quem está saqueando o município. A população vai ser chamada para ver o quanto tem de dinheiro e vai decidir como e onde aplicar. Agência Folha - Quais são suas prioridades? Rodrigues - A primeira medida será saber quanto temos nos cofres. A segunda será a bolsa-escola: vamos garantir um salário mínimo às famílias das 2.000 crianças que hoje vivem nas ruas. Depois, vamos ampliar a bolsa-escola. Agência Folha - Os partidos da frente vão indicar secretários? Rodrigues - Todos os partidos vão participar do governo. Pessoas de outros partidos poderão ser chamadas. Vai depender do seu compromisso de vida com a justiça social e sua competência técnica. Não vai haver veto ideológico. Vai haver veto a quem não tem compromisso com o fim da corrupção e com o desenvolvimento. Agência Folha - Belém foi o "gol de honra" do PT nas capitais? Ana Júlia Caresa - Não. O crescimento do partido é inquestionável. Perdeu em seis capitais no segundo turno, mas foi o mais votado nas grandes cidades. Sabemos, é claro, que Belém e Porto Alegre serão as vitrines. Agência Folha - Isso pesa? Caresa - Claro. Mas a população vai sentir a diferença na participação, transparência e lisura no trato do dinheiro público. Estamos confiantes e amadurecidos. O partido, no Pará, saiu unido da prévia que indicou nossa chapa. Vamos tentar evitar cisões para não acontecer como em Santos, onde perdemos a eleição para nós mesmos. Texto Anterior: Conde já participa das decisões de Maia Próximo Texto: Petistas acampam por anulação Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |