São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996 |
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Ensino ambiental transforma Diadema em pomar
FERNANDO ROSSETTI
É um dos problemas com que todos os projetos de educação do país vêm se defrontando a cada quatro anos: a falta de continuidade de uma administração a outra. "Uma Fruta no Quintal" foi montado por dois arquitetos, que já prestavam assessoria na área de paisagismo à prefeitura de Diadema. "Essa região toda tem as características da periferia da Grande São Paulo", diz Raul Pereira, coordenador-geral do projeto. "Então, surgiu a idéia de melhorar a cara, de aumentar a massa arbórea da região. E montamos esse projeto de educação ambiental, que envolve todos os estudantes." Sensibilização Como atinge alunos da pré-escola ao 2º grau, o projeto tem diferentes abordagens, mas algumas orientações em comum. Para dar certo, precisa do envolvimento da direção e dos professores da escola. Depois, de uma fase de "sensibilização" dos alunos para o tema. Isso pode se dar com visitas a parques, com levantamentos das espécies em torno da escola, ou mesmo com a criação de histórias que tematizem o meio ambiente. "O projeto se desenvolve através da arte. Cada um cria uma maneira interessante de trabalhar o tema em sua aula", afirma Pereira. A idéia também é conscientizar os alunos para questões como lixo, água, solo, poluição do ar, além de fauna e flora. Até as grades em torno da escola servem para levantar discussões em torno da violência urbana. Concluída a "sensibilização", os alunos começam a receber noções de como plantar e cuidar das mudas de árvores. Também desenvolvem projetos paisagísticos para a escola. Festa No final do projeto, plantam as árvores na escola com a supervisão do pessoal do projeto e realizam uma grande festa, onde são apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos alunos -que vão de músicas de rap até peças teatrais. Durante a festa, todos escolhem uma muda de árvore frutífera brasileira (de acerola a jabuticaba) e recebem terra adubada para fazerem o plantio em casa. O processo leva em torno de duas semanas em cada escola. Um levantamento feito no início do ano, constatou 84% de sucesso no plantio de mudas nas casas dos alunos, segundo Pereira. (FR) Texto Anterior: Unesp descentraliza gestão Próximo Texto: Tocantins privatiza universidade estadual; MEC muda 1º escalão do ensino superior; SP lança campanha contra drogas e Aids; 300 pais buscam o Disque Mensalidades Índice |
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