São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Emagreça nos estereótipos
ROSELY SAYÃO
Entrou na loja de jeans e precisou comprar o 40? Dietas já! Pouco importa se isso implica em sofrimento. As garotas acreditam que aqueles quilos a menos são o passe para a felicidade. Tudo isso começa na infância. Garota adora brincar com bonecas. E qual a mais desejada? A Barbie, claro. Já se deram conta do tipo físico dela? Nada a ver com o corpo da mulher brasileira, muito mais generoso em curvas e contrastes. Mas ela tem o corpo que passa a ser desejado pelas meninas quando começam a virar mulher. As garotas se olham no espelho, não vêem uma réplica da Barbie e passam a acreditar que precisam emagrecer. E começa a piração, pois, mesmo perdendo os tais quilos, o mais certo é que aquele corpo da vida real não vai colar na imagem idealizada pela guria. Aí vem baixa estima, anorexia nervosa e tudo que pode contribuir para ela viver mal com o corpo que tem. Gente, cada uma é cada qual e é se olhando no espelho e conhecendo o melhor possível a sua imagem que você vai encontrar a sua melhor medida. Está na hora de abrir o baú e jogar fora a Barbie e o modelo que ela representa. Sua referência deve ser sua. Ser mulher de carne e osso, com saúde, feminina, e não mulher de pele e osso, seguindo o padrão imposto por estilistas que só querem mesmo é um cabide que exiba as suas criações. Vamos começar a emagrecer nos estereótipos e preconceitos que, isso sim, é preciso perder. Texto Anterior: Vão-se as gorduras e fica a saúde Próximo Texto: Dieta da fome é coisa do passado Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |