São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ruralista chegou a ser opção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes de confirmar seu apoio à reeleição de Guilherme Afif Domingos para a presidência do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Palácio do Planalto chegou a articular uma candidatura alternativa.
A Folha apurou que o empresário Pio Guerra Júnior, diretor financeiro da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), foi cogitado pelo comando político do governo federal para suceder Afif.
Mas a articulação não progrediu. Além de alinhar seu discurso com o do Palácio do Planalto, Afif foi beneficiado pela edição de outra medida provisória: a que aumentou as alíquotas do ITR (Imposto Territorial Rural).
A CNA criticou a edição do dispositivo por não aceitar os aumentos propostos para os produtores rurais considerados produtivos -aqueles que exploram mais de 80% de suas propriedades. Com as críticas da CNA, o prestígio de Guerra Júnior despencou.
O ruralista foi procurado pela Folha, mas não quis falar sobre a sucessão no Sebrae. "Não quero aprofundar a discussão."
Afif também foi procurado pela reportagem. Até o fechamento desta edição não havia retornado às tentativas de contato.
A candidatura de Guerra Júnior, além do apoio da CNA, conta com o respaldo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ambas integram o Conselho Deliberativo do Sebrae. A CNI é presidida pelo senador Fernando Bezerra (PMDB-RN).

Texto Anterior: Apoio a Afif no Sebrae serve à reeleição
Próximo Texto: Folha lança no dia 8 dicionário de inglês
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.