São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Bancos descartam fusão com Banerj

Boston e BBA estudam compra

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banerj será mantido como instituição independente se for comprado por dois dos candidatos pré-qualificados ao leilão de privatização, o Banco de Boston e o BBA Creditanstalt.
Ambas as instituições não pretendem fundir-se ao banco carioca caso decidam comprá-lo e levem a melhor no leilão, previsto para dezembro próximo.
O mesmo não ocorrerá, espera-se, caso o vencedor seja o Bradesco ou o Itaú, os dois maiores bancos privados do país, também habilitados à privatização. Se um deles comprar o Banerj, provavelmente este desaparecerá, com a incorporação de suas agências.
Segundo Fernão Bracher, presidente do BBA Creditanstalt, o Banerj seria mantido como uma subsidiária do grupo, com atuação no varejo de pessoas físicas.
O BBA, banco de atacado (especializado em atendimento a empresas), já tem uma financeira em separado, comprada do Mappin.
"Ainda não decidimos se vamos ao leilão. Estamos estudando os números do Banerj. Se entrarmos, iremos sozinhos", disse Bracher.
Carlos Craide, presidente do Boston, diz que o Banerj seria utilizado pela instituição para atuar no varejo de pessoas físicas de renda mais baixa. O Boston trabalha com 1.500 empresas e 50 mil clientes de renda anual superior a R$ 50 mil e evitaria uma fusão para não prejudicar o atendimento a esse público selecionado, afirmou Craide.
"Nossa estratégia de crescimento no varejo independe do Banerj. Mas, se o comprarmos, vamos mantê-lo à parte", afirmou o executivo, que substituiu Henrique Meirelles, içado à presidência mundial da matriz, o BankBoston.
Tanto Craide quanto Bracher negam ter interesse em comprar o Bamerindus -que deverá ter seu controle acionário vendido, como parte do processo de saneamento financeiro em negociação com o Banco Central.
Craide argumenta que o Bamerindus é um banco muito grande e isso elevaria demais a exposição do Boston no país.

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