São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Faces da morte

JOSÉ GERALDO COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A escritora Lygia Fagundes Telles e o médico infectologista David Everson Uip discutiram "A Morte" sob os pontos de vista médico, filosófico, religioso e literário no último dia 29 de outubro, dentro da série "Diálogos Impertinentes", promovida pela Folha, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Sesc (Serviço Social do Comércio).
O debate, mediado Caio Túlio Costa, diretor executivo do Universo Online da Folha, e Mario Sérgio Cortella, professor de teologia da PUC-SP, abordou temas como eutanásia, suicídio e vida depois da morte.
Lygia Fagundes Telles disse que, apesar espiritualista, sente um "medo animal, primitivo" da morte. Segundo ela, "em nosso mundo enfermo" busca-se fugir da angústia da finitude por meio das drogas e do consumismo.
Uip, coordenador do Programa de Aids do Hospital das Clínicas, falou sobre a dolorosa experiência de lidar com a morte. "Fui formado para curar. De repente trombei com esse universo da Aids, que faz a gente tomar consciência dos nossos próprios limites."
Na próxima terça-feira o tema "A Liberdade" será debatido pelo astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão e pelo professor de filosofia Roberto Romano.
O debate será às 20h40, no teatro do Sesc Pompéia (rua Clélia, 93, São Paulo). Convites devem ser retirados na portaria da Folha, à al. Barão de Limeira, 425, Campos Elíseos e nas bilheterias do Sesc Pompéia e do Tuca (rua Monte Alegre, 1.024).
(JGC)

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