São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Havelange diz que deixa a Fifa em 1998
LUCIA MARTINS
Ele fica no cargo até 1998, quando se realizará a Copa do Mundo na França. A partir de então, Havelange se afasta completamente do órgão máximo que regula o futebol internacional. "Acabei de comunicar (ontem) a minha decisão ao Comitê Executivo da Fifa. Na vida, o difícil não é chegar, mas saber a hora de sair. Faço isso agora porque me considero bem. Minha saúde está boa e acho que a parte intelectual também", disse. O brasileiro está há 24 anos na Fifa (Federação Internacional de Futebol Asociation), 22 deles como presidente. "Saio lembrando que minha administração mudou o futebol no mundo. A Fifa tem um patrimônio inestimável, que gera empregos e dá alegria aos jovens. Durante todos esses anos tive reconhecimento do meu trabalho." O sucessor de Havelange ainda não foi escolhido, mas ele afirmou que não influenciará na decisão. "Vou aplaudir qualquer um que for eleito", disse. O presidente da Fifa disse ainda que, após deixar a entidade, vai continuar trabalhando na sua empresa brasileira de ônibus, a Cometa. "Estou lá há 56 anos, 50 deles na direção, e vou continuar até a morte." Fluminense Havelange também pretende se dedicar a uma campanha para reerguer o Fluminense, que caiu para a segunda divisão. "Me lembro de quando eu era criança e me levavam ao clube. Espero ajudar e fazer com que o time volte a ser da primeira divisão", disse o presidente de honra do Fluminense. Ele afirmou que está dando "suporte" a Álvaro Barcelos, candidato a presidência do time carioca. Havelange se encontraria ontem à tarde com o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Juan Antonio Samaranch, que também está em Barcelona. O presidente da Fifa disse que vai continuar fazendo pressão para que o futebol de salão seja transformado em esporte olímpico e incluído na Olimpíada de Sydney, Austrália, no ano 2000. Ontem, a Fifa confirmou a realização da Copa do Mundo de 2002 na Coréia e no Japão. Serão 32 times e haverá 64 jogos (32 em cada país). O Japão e a Coréia terão que usar entre seis e dez estádios cada. O Jogo inicial acontecerá na Coréia e o final, no Japão. Cada país terá o seu próprio comitê organizador, com o mesmo número de membros. Os dois estarão sob o comando da Fifa. Texto Anterior: Experimentalismo 'diário' seduz Sacchi Próximo Texto: Real Madrid faz 2 a 0 no Barcelona Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |