São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Bebês testam sopas da Gerber

The Wall Street Journal
de Nova York

DO "THE WALL STREET JOURNAL"

"Embora não falem, bebês podem ser muito eloquentes", afirmou ao jornal Karen Klemundt. Ela é uma das analistas da Gerber, empresa do grupo Sandoz. Seu trabalho consiste em controlar as reações de bebês que são os provadores das sopinhas infantis que a Gerber fabrica, diz o "WSJ".
Durante anos, a Gerber fez testes nas casas dos bebês perguntando para as mães do que os bebês gostavam. Agora, informa o diário, a empresa leva os bebês para seus laboratórios, "que combinam cadeirões e babadores com a mais moderna tecnologia".
Alguns competidores são céticos em relação aos esforços da Gerber. "Para fazer um bebê sorrir é só dar a ele uma comida mais doce", disse Richard Theuer, vice-presidente de pesquisa da Ralcorp Holdings.
Klemundt acha que os bebês conseguem dar informações muito mais precisas do que isso.
"As reações dos bebês levaram a Gerber a tirar o orégano de sua receita de espaguete e a mudar o método de cozinhar carne. Os pequenos gourmets deram sua mensagem cuspindo os pedaços semimastigados de carne da sopa", afirma o "Wall Street".
"Nós tínhamos um problema de textura e não de sabor", disse Klemundt. Segundo o jornal, "levar a sério os seus pouco falantes clientes funciona com a Gerber".
A empresa detém 68% do mercado de alimento infantil nos Estados Unidos. Foi fundada em 1927, quando Dorothy Gerber pediu ao seu marido, dono de uma fábrica de latas, que estocasse a sopa que ela fazia para a filha.
"O logotipo da Gerber -um desenho de 1928 de uma garotinha que hoje em dia é professora aposentada da Flórida- se tornou sinônimo de bebês felizes e gorduchos", de acordo com o "Wall Street Journal".
O jornal faz as contas e mostra que uma criança consome cerca de 600 potes de sopa até deixar de precisar de comida especial. Isso significa que os fabricantes podem conseguir cerca de US$ 100 de cada cliente, no máximo.

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