São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996 |
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Concurso quer recuperar área central
VICTOR AGOSTINHO
Na próxima sexta, o prefeito Paulo Maluf recebe do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), que com o Banco de Boston promoveu o concurso de idéias, as cinco propostas escolhidas entre outras 64 apresentadas. A área do concurso, cerca de 1 milhão de m², corresponde a dois terços do parque Ibirapuera. A prefeitura não precisa necessariamente implantar as idéias resultantes do concurso, mas poderá fazê-lo se quiser. "O que há de mais decadente em São Paulo está lá. É uma área que está sendo liquidada e que deve começar a sofrer uma intervenção para que daqui a uns dez anos esteja recuperada", afirma Pedro Cury, presidente do IAB. Segundo Cury, o mais importante no concurso é "provocar discussões e pressionar o poder público a desenvolver as idéias que vão ser premiadas". "Ninguém sabia, até o concurso, que na Zona Cerealista havia o Pátio Ferroviário do Pari, abandonado." No perímetro da área do concurso estão alguns dos principais monumentos da história paulistana. No Anhangabaú, estão os primeiros arranha-céus da cidade, como o Sampaio Moreira e o Martinelli, na rua Líbero Badaró. No Anhangabaú, o que se espera são propostas de novos usos, incentivos fiscais e projetos de revitalização. Já na Zona Cerealista e na Zona Madeireira de São Paulo, que ficam entre o Brás e o Pari, as propostas de novos usos devem ser mais abrangentes, de acordo com o presidente do IAB. Primeiro, porque não são muitos os prédios com interesse histórico que precisam ser restaurados. Depois, porque o grosso dos imóveis, galpões velhos, pode ser demolido sem apagar a memória da cidade. O valor dos prêmios, patrocinados pela associação Viva o Centro e pelo Banco de Boston, será de R$ 120 mil (1º lugar), R$ 60 mil (2º), R$ 40 mil (3º), R$ 20 mil (4º) e R$ 10 mil (5º). Farão a seleção das propostas Joaquim Guedes (IAB), Jean Carlo Gasperini (IAB), Sérgio Santos Morais (Fepasa), Regina Meyer (Banco de Boston), Marco Antônio R. Almeida (Associação Viva o Centro), Rodrigo Lefévre (Emurb) e Sanderley Fiuza (Pró-Centro). Texto Anterior: Lei obrigará convênio a dar cobertura total Próximo Texto: Região carece de lazer e emprego Índice |
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