São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Turista faz ágio no paralelo subir a 6%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A onda de turistas brasileiros rumo ao exterior está fazendo o dólar subir no mercado paralelo. O "black" estava sendo vendido ontem a R$ 1,11 -ágio de 6% com relação ao comercial.
A diferença entre a cotação do dólar comercial e a do paralelo oscilou nos primeiros nove meses do ano em torno de 0,5% a 1% e cresce desde novembro.
Porém o dólar negociado no paralelo não deve ser visto como opção de investimento. Assim que o período de férias passar, as cotações devem ficar novamente próximas às do comercial.
No comercial, o mercado operou tranquilo, com alta no final do dia, puxada pela demanda de alguns bancos, o que fez o dólar fechar cotado a R$ 1,0380 para compra e R$ 1,0390 para venda.
A alta de 0,2% no dia não deve se manter hoje, segundo operadores ouvidos pela Folha, e as cotações tendem a recuar.
Bovespa
A Bovespa operou ontem praticamente estável durante todo o dia e, no fechamento, o Ibovespa registrou queda 0,3%, a 66.574 pontos e R$ 404 milhões negociados.
Telebrás PN voltou a fechar em baixa, a R$ 76,10, contra R$ 76,60, no dia anterior. O papel representou 66% dos negócios à vista.
Nova York
A Bolsa de Nova York voltou a fechar com baixa ontem -dessa vez de 1,54%-, em um dia de grande oscilação no principal mercado de ações do mundo.
O Dow Jones terminou o dia com baixa de 98,81 pontos, a 6.303,71 pontos. Com isso, Nova York acumula queda de 2,5% em dois dias. Ainda assim o índice está 0,6% acima do nível de um mês atrás.
Durante as primeiras horas do pregão, o Dow Jones chegou a subir 30 pontos, animado pela divulgação das vendas do varejo nos EUA. Ao invés de subirem com relação a outubro, caíram 0,3%.
Assim o mercado de ações flutuou da contramão dos rendimentos oferecidos pelos títulos do governo de 30 anos.
Enquanto o rendimento dos títulos caía, o Dow Jones subia -o que ocorreu durante a manhã.
À tarde, a situação se inverteu. As taxas subiram de 6,55% ao ano para chegar a 6,64%, derrubando assim o mercado de ações.

Com agências internacionais

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